
O imperador do Japão, Akihito, e a mulher, Michiko, viajaram esta quarta-feira até as áreas devastadas pelo sismo e tsunami de 11 de Março para para visitar os sobreviventes da catástrofe.
O casal imperial conversou com algumas famílias refugiadas num abrigo da cidade de Minamisanriku, no município de Miyagi.
Akihito, 77, e a mulher, demoraram-se longamente em algumas conversas, interessando-se pela saúde dos sobreviventes.
Minamisanriku, uma das cidades mais afectadas pela tragédia, tinha 20 mil habitantes antes do terramoto. O tsunami destruiu mais de 3,8 mil casas na cidade, o que obrigou 6000 pessoas a alojar-se em abrigos.
Os imperadores visitaram nas semanas posteriores ao desastre centros de abrigo mais ao sul, mas esta é a primeira vez que viajam até ao centro da zona devastada. Na próxima semana, Akihito e Michiko devem visitar os municípios de Iwate e de Fukushima para ouvir os depoimentos de cidadãos obrigados a abandonar suas casas em consequência da crise nuclear.
«Símbolo da nação» segundo a Constituição, o imperador - que não tem nenhum poder político - fez um discurso em caráter excepcional, transmitido pela televisão, cinco dias depois do terramoto, no qual afirmou estar «profundamente preocupado» com a situação na central nuclear.