http://www.nytimes.com/2009/07/28/business/global/28hostess.html?_r=2&pagewanted=1
bom artigo mas mais pelas "novas tendências" de trabalho no Japão, onde as coisas também não andam nada fáceis.
sem dúvida que as gueixas e as hostesses partilham alguns pontos em comum: são entertainers de estabelecimentos nocturnos, trabalham para clientes masculinos em geral, têm códigos e hierarquias de profissão semelhantes e são trendsetters. mas gostava de salientar que as hostesses já existem há muito mais de 20 anos, não é uma profissão recente, o que mudou foi a perspectiva social, e que as gueixas ainda existem e são uma classe trabalhadora bem diferente em escalão e habilidades.
ser gueixa não se trata de um mero emprego que se adopta por se ter vontade ou falta de outra fonte de rendimento. para se ser gueixa é necessária uma longa, dura e rigorosa aprendizagem que leva o seu tempo e implica muita preseverança. apesar do seu lado muito romanceado, o percurso por que elas passam não é assim tão diferente do de Sayuri em "Memórias de Uma Gueixa" (refiro-me mais ao livro, já que o filme é patético). ser gueixa é uma arte que implica treino, muito semelhante ao de uma prima ballerina onde elas começam cedo e praticam diariamente, e as que hoje em dia exercem essa arte são muito respeitadas e pagam-se bem caras!
as gueixas em geral pertencem a "casas", que funcionam como uma família e onde o seu trabalho é gerido, trabalhando em diversas casas nocturnas conforme a oferta, apesar de poderem estar mais associadas a uma "casa de chá" em particular. as hostesses trabalham por conta própria num bar/casa nocturna, como qualquer empregado de mesa ou barman, a diferença está no trabalho que fazem e no que ganham.